Aula nº 3 do 1º bimestre:
A industrialização tardia da
América Latina e do Brasil:
Vamos compreender o processo
de industrialização na América Latina, incluindo aí industrialização de alguns
países desenvolvidos como Estados Unidos, Japão e China.
A Crise de 1929, gerada pela
quebra da bolsa de valores de Nova York, contribuiu para o processo de
industrialização da América Latina. Com a queda da economia norte-americana, os
países latinos, com grande dependência econômica em relação aos Estados Unidos,
perderam o grande comprador de produtos agrícolas e matérias-primas. Sem
dinheiro para comprar produtos industrializados importados, boa parte dos
países latinos foram obrigados a fabricar seus produtos. Fato que teve maior
evidência na Argentina, no México e no Brasil, que acabou adotando por conta disso,
a política de substituição de importações.
Com o fim da Segunda Guerra
Mundial, os grandes grupos empresariais oriundos de países industrializados da
Europa, Estados Unidos e Japão, buscaram uma nova forma de expansão comercial,
com a dispersão de empresas multinacionais em direção a países da América
Latina, África e Ásia, continentes que possuíam em sua maioria países pobres.
Essa reordenação territorial
da produção industrial promovida pelos países mais ricos e industrializados se
baseava, principalmente, em fatores como mão- de-obra abundante e barata,
riquezas em matérias-primas, imenso mercado consumidor, fragilidade sindical,
oferta de infraestrutura pelos países que recebem as empresas e leis ambientais
frágeis.
A produção passa, assim, a
ser “mundializada”, gerando uma dispersão geográfica da indústria. Várias
empresas têm a matriz nos Estados Unidos, na Europa ou no Japão e a produção
(total ou parcial) é feita na América Latina ou no sudeste da Ásia, de onde o
produto é distribuído para o consumo. As empresas que adotaram esse modelo
produtivo são chamadas de multinacionais ou transnacionais.
No caso específico do
Brasil, além dos fatores externos apresentados anteriormente, causas internas
contribuíram decisivamente para o processo de industrialização do Brasil.
Getúlio Vargas que chegou ao poder em 1930, investiu na indústria de base
estatal. Nos dois períodos em que ele foi presidente (1930-1945 / 1951-1954)
foram criadas empresas como a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), a Companhia
Vale do Rio Doce (Vale), a Eletrobrás e a Petrobrás.
No governo de Juscelino
Kubitschek (1955 a 1960), o Brasil ficou marcado pela construção da nova
capital, Brasília. Esse período foi também marcado pela internacionalização da
economia brasileira, já que foram necessários investimentos estrangeiros a
partir da entrada das grandes empresas multinacionais no país, produtoras de
bens de consumo duráveis, como as do setor automotivo. No entanto, para isso
acontecer, o Brasil contraiu grandes empréstimos com as instituições financeiras
internacionais, elevando a dívida externa.
O desenvolvimento da década
de 50, com Getúlio Vargas e JK, concentrou a indústria brasileira no Sudeste e
no Sul do Brasil e teve continuidade no período da ditadura militar
(1964-1985), onde ficou conhecido como o “milagre econômico”.
Grandes obras foram feitas
como a Usina Hidrelétrica de Itaipu, a Ponte Rio-Niterói, a Usina Nuclear de
Angra e a Rodovia Transamazônica. Na década de 80, no final da ditadura
militar, houve uma queda no crescimento econômico que estagnou a indústria no
Brasil e fez com que esse período fosse conhecido como a década perdida.
Além dos fatos internos,
também fatos externos, como o fim da União Soviética e a Queda do Muro de
Berlim, trouxeram mudanças para a dinâmica industrial no Brasil. A década de
1990 se caracterizou pela ideologia neoliberal, que, dentre outras coisas,
pregava que a economia de um país não deveria ser gerida pelo Estado, ou seja, pelo
Governo Federal, e sim regulada pelo capitalismo.
Como podemos notar, o Brasil
pode ser considerado um país industrializado atualmente, porém em grande parte
devido à instalação de empresas multinacionais.
A produção de tecnologia, ou
a indústria de ponta não é o que mantém o setor industrial brasileiro, o que
faz com que o Brasil seja, ainda hoje, dependente da tecnologia produzida nos
países industrializados.
A seguir, a título de
comparação com o Brasil e a América Latina, vamos apresentar brevemente o processo
de industrialização de alguns países que hoje apresentam destaque nesse setor:
Estados Unidos: Após sua
independência, em 1776, a industrialização norte-americana concentrou-se,
inicialmente, no nordeste do país, ainda no século XIX, aproveitando-se de
alguns fatores como o fato de ter sido uma colônia de povoamento, uma grande
disponibilidade de minérios e combustíveis fósseis, ampla reserva de
mão-de-obra e um amplo mercado consumidor e o fácil escoamento da produção
pelos Grandes Lagos, ligados com o oceano através de rios. Baseado nesses fatores,
os EUA, entram no século XX como potência e consolidam essa posição após a II
Guerra Mundial.
Japão: O Japão iniciou seu
processo de industrialização na segunda metade do século XIX, com a ascensão do
imperador Mitsuhito, que deu início à Era Meiji. Essa Era caracterizou-se pela
implantação de políticas modernizantes como investimentos na criação de
infraestrutura, criação de fábricas, maciços investimentos na educação, voltada
para qualificação da mão-de-obra e abertura do mercado consumidor para tecnologia
e produtos estrangeiros. Mesmo industrializado, o Japão enfrenta problemas como
escassez de energia e matérias-primas, e limitado mercado interno. Apesar
disso, está entre as principais economias do mundo.
China: A partir do final da
década de 1970, o presidente chinês à época, Deng Xiaoping promoveu inúmeras
reformas econômicas, que culminaram com a implantação de uma economia de
mercado nos moldes capitalistas a partir das "Quatro Modernizações":
a modernização da agricultura, da indústria, da ciência e tecnologia, e do
setor militar.
Apesar de se manter
socialmente fechada, realizou uma política de aproximação com o Japão e os Estados
Unidos, atraindo capitais para o país. Atualmente, a China é a 2ª maior
economia do planeta.
Fonte: Currículo mínimo
(Seeduc)
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